domingo, 5 de dezembro de 2010

#16. L´IMMORTEL


"L´ Immortel" (França, 2010, 117´)
Realização : Richard Berry
Argumento: Eric Bassous e Richard Berry, a partir do romance de Franz-Olivier Gisbert
Fotografia: Thomas Hardmaier
Actores: Jean Reno ("Charly Mattei"), Marina Fois ("Marie Goldman"), Kad Merad ("Tony Zacchia"), Jean-Pierre Darroussin ("Martin Beaudinard"), Daniel Lundh ("Malek Telaa"), Dominique Thomas ("Papalardo"), Fani Kolarova ("Christelle Mattei"), Moussa Maaskri ("Karim"), Richard Berry ("Aurelio Rampoli").

# O veterano actor francês Richard Berry, aventura-se novamente na realização (depois de "La Boîte Noire" em 2005). E aposta aqui num gênero ligeiramente diferente, e um com um rol de actores de elevada qualidade.

A super-estrela francesa Jean Reno é "Charly Mattei" um dos líderes mafiosos mais temidos de Marseille, que recentemente assumiu a sua retirada dos negócios e cedeu todos os seus espaços a "Tony Zacchia", um amigo de infância, que considera como um irmão. O motivo invocado foi a família, e o seu recente filho de cinco anos.


Enquanto passeia tranquilamente pela cidade, o seu carro é emboscado, é atingido à queima-roupa com 22 balas, e deixado para morrer. Incrivelmente sobrevive e aqui desencadeia-se uma luta para descobrir os culpados, e uma última investida para vingar a sua tentativa de assassinato. Isto tudo enquanto se alia secretamente à polícia para tornar a sua saída ainda mais airosa.

A história obviamente soa familiar, é mais um filme de vingança, com muita acção e perseguições. Com objectivos claramente comerciais, utiliza uma receita de sucesso, junta-lhe uma super estrela e um naipe de bons actores, e o conjunto mostra-se medianamente interessante.


Jean Reno parece que faz sempre o mesmo tipo de papel, e portanto nunca se espera muito dele.
Aqui não lhe é pedido e portanto cumpre com os mínimos exigidos. Os valores são sem dúvida os actores secundários: Kad Merad, excelente num obsessivo-compulsivo líder mafioso "Tony Zacchia"; Marina Fois como a perspicaz e incisiva detective Goldman, e claro Jean-Pierre Darroussin, em alto nível no papel do advogado Beaudinard.
Este trio carrega o filme às costas, e é sem dúvida a mais-valia do projecto.

Em termos técnicos é feito o básico dentro deste gênero, muito slow motion, montagem dinâmica e sempre em alta velocidade. No fundo o que é normal dentro deste estilo. Os restantes elementos estéticos não sobressaem, está tudo a um nível médio, acaba por não se destacar nenhum departamento em particular.


Obviamente não é um filme com muito de novo para recordar, mas são duas horas bem passadas.

Bom para uma matiné.

Nota: 5.5 / 10